quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ciência e Fé: Pode a vida ser produzida em laboratório?

Por Ezequiel Netto
Se todo ser vivo é gerado de um ser precedente, igual a ele, como surgiu o primeiro ser? Essa pergunta vinha incomodando a humanidade até que, por volta dos anos 30, o russo Aleksandr Oparin desenvolveu uma teoria para desvendar o mistério. Segundo ele, a vida surgiu há cerca de 3,5 bilhões de anos, originando-se a partir da combinação de elementos químicos presentes na Terra primitiva. Oparin publicou sua tese num livro, A Origem da Vida, mesmo não tendo elementos que a comprovassem.
Em 1953, a revista científica Science publicou uma notícia bombástica: os pesquisadores Stanley Miller e Harold Urey haviam finalmente conseguido reproduzir a origem da vida em laboratório, confirmando a teoria de Oparin! Partindo da hipótese de que as condições na Terra primitiva favoreciam a ocorrência de reações químicas que transformavam compostos inorgânicos em compostos orgânicos precursores da vida, Miller e Urey realizaram o seguinte experimento:
Em um recipiente projetado para ser uma versão artificial da (suposta) atmosfera terrestre primitiva, inseriram os principais gases atmosféricos como gás carbônico, oxigênio e metano, além de vapor d’água. Por meio de descargas elétricas e ciclos de aquecimento e condensação de água, obtiveram, após algum tempo, moléculas dos aminoácidos glicina e alanina. Como esses aminoácidos entram na composição de proteínas, que, por sua vez, são essenciais à vida, eles concluíram que as condições primitivas da Terra teriam permitido a formação de moléculas orgânicas através de reações químicas na atmosfera e, consequentemente, o aparecimento de vida.
Miller foi muito criticado por alguns cientistas, pois anunciou ter descoberto a origem da vida depois de ter produzido apenas dois aminoácidos em seu laboratório, sendo que a vida, em sua forma mais elementar, requer um mínimo de 20 tipos diferentes. Em tempos mais recentes, porém, outros cientistas repetiram o mesmo experimento e conseguiram obter 22 aminoácidos. Embora até hoje não exista processo conhecido que tenha convertido esses aminoácidos em uma forma de vida, os evolucionistas afirmam que esse experimento é prova de que a vida originou-se a partir de produtos químicos inorgânicos. É essa também a base usada nas escolas para ensinar a teoria evolucionista da origem da vida.
O que os cientistas não falam
Entretanto, algumas informações importantíssimas vêm sendo omitidas pela Ciência ao longo de todos esses anos. Uma delas é que não se conseguiu gerar um único ser vivo no laboratório – apenas aminoácidos. Aqui, cito o Dr. Charles McCombs, Ph.D. em Química Orgânica:
Aminoácidos podem ser os tijolos das proteínas, e proteínas são necessárias para a vida, mas isso não significa que aminoácidos são os tijolos da vida. Eu poderia ir a uma loja de autopeças e comprar todas as peças para construir um carro, mas isso não iria me fornecer um veículo motorizado em funcionamento. Assim como deve haver um mecânico para fazer um veículo motorizado a partir daquelas autopeças, deve haver um montador para fazer os aminoácidos se tornarem proteínas e, assim, possibilitar a vida em nossos organismos.
Outra questão importante tem a ver com a arquitetura química dos aminoácidos.
As moléculas dos aminoácidos são formadas por vários átomos que se encaixam, dando origem a uma estrutura em três dimensões. Essas moléculas, quando submetidas à luz polarizada (de um aparelho chamado polarímetro), podem desviar um feixe de luz para a direita (molécula dextrógira) ou para a esquerda (molécula levógira). Na Química, esse fenômeno recebe o nome de quiralidade. Dessa forma, duas moléculas (chamadas enantiômeros) podem ser idênticas e simétricas entre si, com a única diferença de que uma é dextrógira e outra, levógira. São como uma imagem no espelho uma da outra, exatamente como nossas mãos direita e esquerda. Uma mistura equilibrada dos dois tipos de molécula (chamada mistura racêmica) não desviaria a luz, pois uma anularia o efeito da outra.
Um dos primeiros pesquisadores a observar esse fenômeno foi Louis Pasteur, ao estudar as propriedades óticas de substâncias isoladas do tártaro que se depositava nos barris de vinho durante o processo de envelhecimento. Ele isolou o ácido tartárico (que desviava a luz polarizada para a direita) e o ácido paratartárico, que desviava a luz polarizada para a esquerda. Essa observação deu origem à estereoquímica, que é a parte da Química Orgânica que estuda as moléculas em três dimensões.
Em uma experiência na qual os aminoácidos são formados ao acaso, comprovadamente o resultado obtido seria uma mistura racêmica, com mais ou menos 50% na forma L (levógira) e 50% na forma D (dextrógira). É como jogar uma moeda para o alto – temos 50% de chance de obter cara e 50% de obter coroa. Esse seria o resultado esperado se a vida realmente houvesse surgido a partir de fenômenos casuais semelhantes ao da experiência de Miller citada anteriormente.
Novamente, recorro ao Dr. Charles McCombs para explicar a deficiência da experiência de Miller e de todas as tentativas subsequentes de provar como a vida poderia ter surgido espontaneamente:
Embora Miller e Urey tenham formado aminoácidos em seus experimentos, todos os aminoácidos que se formaram tinham carência de quiralidade. É um fato da Química aceito universalmente que a quiralidade não pode ser criada em moléculas químicas por um processo aleatório. [...] O fato de aqueles aminoácidos perderem quiralidade não é só um problema a ser debatido, mas também aponta para um insucesso catastrófico na tentativa de provar que “vida” surgiu de produtos químicos por processos naturais.
Impossível ter acontecido por acaso
No artigo O Fenômeno da Quiralidade – Bases de Estereoquímica, Ana Paula Paiva observa que, no ser humano, existem 22 tipos de aminoácidos que constituem as proteínas e as enzimas. Apenas um dos aminoácidos (glicina) não é quiral; todos os demais 21 o são. Dos 21 aminoácidos quirais, 20 têm a mesma configuração levógira (esquerda), enquanto só a cisteína (o único aminoácido contendo enxofre) tem a configuração inversa.
O que teria determinado toda essa preferência quiral? Por que, em nosso organismo, encontramos basicamente aminoácidos levógiros? O que aconteceu para que os dextrógiros não fossem formados? Quem interferiu nos resultados dessa experiência?
O mesmo artigo formula a pergunta da seguinte maneira: “Existirá quiralidade nos compostos químicos constituintes dos seres vivos terrestres por acaso? Ou a quiralidade será antes uma predestinação nascida nos confins do Universo?”
O cientista brasileiro, Dr. Marcos N. Eberlin, chama essa característica de “assinatura química”, uma autenticação de Deus em sua obra criada:
A vida, quando observada `mais de longe´, superficialmente, já se mostra extremamente bela, complexa, simétrica, sincronizada, uma obra de arte, um esplendor absoluto. [...] Como químico, estudo a arquitetura da matéria, como foram formados os átomos, as moléculas, quais são as leis que regem o mundo atômico e molecular e suas transformações. Percebo, então, em uma dimensão atômica e molecular, como Deus é realmente um Ser de suprema inteligência e elegância, o Arquiteto, o Artista sem-par. Nessa dimensão, percebo uma riqueza extraordinária de detalhes, uma arquitetura constituída das mais diferentes formas geométricas, lindas, harmônicas, periódicas, perfeitas. [...] As proteínas, outro espetáculo, uma arquitetura química tridimensional e com pontos de encaixe engenhosamente posicionados que confere a essas moléculas propriedades diversas, uma eficiência extraordinária como aceleradores de reações jamais igualada por qualquer outra espécie química. Beleza, simetria, design, engenhosidade, sincronismo, ordem, linguagem e periodicidade, quantização, tridimensionalidade – são assinaturas inquestionáveis de um Deus em tudo absolutamente espetacular!
Os estudos de Estereoquímica ganharam importância nos anos 60, a partir do fenômeno talidomida. A talidomida é um sedativo leve e pode ser utilizado no tratamento de náuseas, muito comum no período inicial da gravidez. Quando foi lançado, era considerado seguro para o uso de grávidas, sendo administrado como uma mistura racêmica, ou seja, uma mistura composta pelos seus dois enantiômeros, em partes iguais. Entretanto, uma coisa que não se sabia na época é que o enantiômero L levava à má-formação congênita, afetando principalmente o desenvolvimento normal dos braços e pernas do bebê. O uso indiscriminado desse fármaco levou ao nascimento de milhares de pessoas com gravíssimos defeitos físicos. Um outro exemplo da quiralidade é o adoçante aspartame, no qual o isômero L é doce e o D é amargo.
A observação da quiralidade é muito importante, pois, para agir no organismo, uma substância precisa ligar-se a um receptor específico na membrana celular ou interagir com uma enzima, que é uma proteína de alto nível organizacional. Uma molécula com a quiralidade invertida simplesmente não se encaixaria corretamente no receptor, não cumprindo seu propósito ou provocando uma reação totalmente indesejável como no caso da talidomida citada acima.
Outro problema para os evolucionistas é o DNA. A molécula de DNA é feita de bilhões de moléculas químicas complexas denominadas nucleotídeos, e essas moléculas de nucleotídeo existem como isômeros ópticos “D” ou dextrógiros. Os isômeros “L” de nucleotídeos podem ser preparados em laboratório, mas não existem no DNA natural. Não há meios pelos quais um processo aleatório pudesse ter formado essas proteínas e o DNA com sua quiralidade singular.
Quando moléculas de nucleotídeos vêm juntas para formar a estrutura do DNA, elas desenvolvem uma espiral que forma a estrutura de dupla hélice do DNA. O DNA desenvolve uma espiral na cadeia, porque cada componente contém quiralidade. Se uma molécula na estrutura do DNA tivesse quiralidade imprópria, o DNA não existiria na forma de dupla hélice e não exerceria corretamente sua função.
Alguma coisa mágica aconteceu nesse processo de criar isômeros de apenas um tipo. Seria algo parecido com jogar uma moeda pra cima por milhões de vezes e só tirarmos coroa – e nenhuma vez cara! Não temos como fugir: alguém estava no controle de todo esse processo. Sabe quem? Deus!
Alguns cientistas, professores e jornalistas atuais tentam isolar Deus no campo da religião, deixando a Ciência totalmente isenta de conceitos relacionados com a divindade. Esse argumento é bastante usado para se impedir o ensino da teoria criacionista nas escolas paralelamente com a teoria de evolução das espécies. Depois de tudo o que foi exposto acima, é difícil acreditar que a quiralidade típica dos compostos químicos constituintes dos seres vivos se tenha desenvolvido por acaso. Assim, como se poderá justificar esse fenômeno insólito? Como podemos separar Deus da Ciência, pois ele mesmo foi o autor e gestor de todos os fenômenos naturais? Ou aceitamos que ele criou todos os nossos aminoácidos e proteínas quirais ou continuaremos nas trevas da informação científica, tentando explicar verdades absolutas de forma fantasiosa. Aí, a Ciência deixa de ser Ciência e passa a ser superstição.
Fontes de pesquisa:
Nossa Homoquiralidade – artigo de Michelson Borges
Fármacos e Quiralidade – http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/03/quiral.pdf
O Fenômeno da Quiralidade – Bases da Estereoquímica, de Ana Paula Paiva (publicado no Boletim da Sociedade Portuguesa de Química) http://www.spq.pt/boletim/docs/boletimSPQ_103_056_09.pdf
Importância Farmacêutica dos Compostos Quirais – http://www.farmacia.ufg.br/revista/_pdf/vol4_1/REF%2008-14.pdf http://www.impacto.org.br/t02006.htm


Ciência e Fé: Nossa Visão de Mundo

Por: Francis Schaeffer
A maneira como agimos em nosso dia-a- dia é resultado de uma “visão de mundo”, e esta visão se baseia no que nós consideramos ser a verdade. O que tem produzido o dilúvio de maldade na história da humanidade é a visão de mundo que diz que toda a realidade é composta somente de matéria. Algumas vezes esta visão é chamada de naturalismo, porque afirma que o sobrenatural não existe. O humanismo que se centraliza somente no homem e faz dele a medida de todas as coisas geralmente é materialista em sua filosofia. Seja qual for o rótulo, esta é a visão de mundo que permeia nossa sociedade hoje. De acordo com esta visão, o universo existe, não porque tenha sido criado por um Deus “sobrenatural”, mas sempre existiu em alguma forma, sendo que a forma atual é apenas o resultado de acontecimentos que ocorreram por acaso há muitos e muitos anos.
Por muito tempo a sociedade no ocidente se baseou no fato de que Deus existe e de que a Bíblia é a verdade. De muitas formas e maneiras esta visão afetou a sociedade. A visão de mundo materialista, naturalista ou humanista sempre teve uma atitude de superioridade em relação ao Cristianismo. Aqueles que sustentam esta visão argumentam que o Cristianismo não é científico, isto é, não pode ser provado, e que pertence apenas ao campo da “fé”. Dizem que o Cristianismo se baseia somente em fé, enquanto o humanismo se baseia em fatos.
Portanto, alguns humanistas agem como se tivessem uma grande vantagem sobre os cristãos. Agem como se o avanço da ciência e da tecnologia e um melhor entendimento da história (através de conceitos como a teoria da evolução) tivessem tornado a idéia de Deus e da criação quase ridícula.
Esta atitude de superioridade, porém, é estranha, porque um dos desenvolvimentos mais marcantes da última metade do século é o crescimento de um profundo pessimismo tanto entre as pessoas mais cultas quanto entre as menos cultas. Os pensadores de nossa sociedade já admitem há um bom tempo agora que não possuem nenhum tipo de resposta. Eles concluíram, entre outras coisas, que a vida não leva para nada e para nenhum lugar, que o homem é apenas parte da natureza, assim como uma pedra, um cacto, ou um camelo. Esta visão é fruto direto da posição humanista de que tudo que existe não passa de matéria ou de alguma forma de energia – tudo que existe sempre existiu e tudo que existe em nosso mundo agora é apenas matéria numa forma mais ou menos  complexa. De acordo com esta visão, homens e mulheres são apenas mais complexos, mas não singulares. São meramente um arranjo diferente de moléculas. Dentro dessa visão de mundo, não há espaço para crer que um ser humano possua no final algum valor  que o distinga de um animal ou de matéria inanimada.
Há, portanto, dois pontos que precisam ser afirmados sobre a visão de mundo humanista.  Primeiro, a atitude de superioridade em relação ao Cristianismo – como se o Cristianismo tivesse todos os problemas e o humanismo todas as respostas – o que está longe de ser verdade. Os humanistas do Iluminismo de dois séculos atrás pensaram que iriam achar todas as respostas, mas à medida que o tempo passou, esta esperança otimista provou-se errônea. Seus próprios descendentes, aqueles que compartilham sua visão de mundo materialista, têm dito mais e mais alto com o decorrer dos anos: “Não há nenhuma solução.”
Em segundo lugar, esta visão de mundo humanista nos tem levado para a atual desvalorização da vida humana – não a tecnologia ou a super-população – embora essas coisas contribuam para isso. E esta mesma visão de mundo não nos tem proporcionado limites para nos impedir de adentrar cada vez mais numa desvalorização ainda pior da vida humana no futuro. É ingênuo pensar que um compromisso sério para “fazer o que é certo” reverterá este quadro no futuro. Sem um conjunto firme de valores que fluem de uma visão de mundo que dê uma razão adequada para o valor singular de cada vida humana, não pode haver nem haverá qualquer resistência substancial à maldade atual, produzida pela visão barata da vida humana que acabamos de considerar. Foi a visão de mundo materialista que produziu a desumanidade; deve haver uma visão de mundo diferente para a fazer cessar.
Um inconformismo emocional sobre aborto, matança infantil, eutanásia, e o abuso do código genético não é suficiente. Para se posicionar contra a presente desvalorização da vida humana, uma porcentagem significante de pessoas dentro de nossa sociedade tem de adotar e viver uma visão de mundo que não apenas espere ou tenha intenção de dar uma base para a dignidade humana. Os movimentos radicais dos anos sessenta estavam certos ao ansiar por um mundo melhor; estavam corretos ao protestar contra a superficialidade e falsidade de nossa sociedade hipócrita. Mas seu radicalismo durou somente o período de adolescência de seus membros. Embora esses movimentos dissessem ser radicais, não possuíam um alicerce adequado. Sua visão de mundo foi incapaz de dar vida às aspirações de seus seguidores. Portanto, protestos não bastam. Ter ideais corretos não basta. Uma alternativa verdadeiramente radical tem de ser achada. Mas onde? E como?
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A marca de um santo não é a perfeição, mas a consagração. Um santo não é um homem sem faltas, mas um homem que se deu sem reservas a Deus.
Bishop Westcott

segunda-feira, 4 de abril de 2011

GÊNESIS 4:17

Como foi que Caim Conseguiu uma esposa?

PROBLEMA: Não havia mulheres com quem Caim se casasse. Havia apenas Adão, Eva (4:1) e seu irmão morto, Abel (4:8). Contudo, a Bíblia diz que Caim casou-se e teve filhos.
SOLUÇÃO: Caim casou-se com uma irmã (ou talvez com uma sobrinha). A Bíblia diz que Adão “teve filhos e filhas” (Gn 5:4). Com efeito, como Adão viveu 930 anos (Gn 5:5), ele teve muito tempo para ter muitos filhos e filhas! Caim pode ter se casado com uma de suas muitas irmãs ou, quem sabe, com uma sobrinha, se quando se casou seus irmãos e irmãs já tivessem filhas crescidas. Nesse caso, obviamente, um de seus irmãos teria se casado com uma irmã.

Como Caim pôde casar-se com ma mulher de seu parentesco, sem cometer incesto?

PROBLEMA: Se Caim casou-se com uma irmã, isso é incesto, o que a Bíblia condena (Lv 18:6). Além disso, casamentos incestuosos com freqüência geram filhos geneticamente defeituosos.
SOLUÇÃO: Em primeiro lugar, não havia imperfeições genéticas no começo da raça humana. Deus criou um homem (Adão) geneticamente perfeito (Gn 1:27). Os defeitos genéticos resultaram da queda e somente ocorreram com o passar de longos períodos de tempo. Em segundo lugar, nos dias de Caim não havia mandamento de Deus para que não se casassem com um parente próximo. Este mandamento (Lv 18) veio milhares de anos depois, nos dias de Moisés (cerca de 1500 a.C). Finalmente, já que a raça humana começou com um casal único (Adão e Eva), Caim não teria com quem se casar, a não ser com alguém de parentesco bem próximo, do sexo feminino (uma irmã ou uma sobrinha)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

GÊNESIS 4:12-13

Por que Caim não sofreu a pena capital (de morte) pelo assassinato que cometeu?

PROBLEMA: No Antigo Testamento, os assassinos recebiam a pena capital pelo seu crime (Gn 9:6; Êx 21:12). Contudo, Caim não somente saiu livre, depois de matar seu irmão, como também foi protegido de qualquer vingança.

SOLUÇÃO: Há várias razões pelas quais Caim não foi executado pelo seu crime capital. Primeiro, Deus não havia estabelecido a pena de morte como instrumento do governo humano. Somente depois da violência ter enchido toda a Terra, nos dias anteriores ao dilúvio, foi que Deus determinou "Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem" (Gn 9:6). Segundo, quem seria o executor de Caim? Ele acabara de matar Abel. A essa altura, apenas Adão tinham restado. Certamente Deus não iria apelar aos pais para que matassem o filho remanescente. Em face disso, Deus, que é soberano sobre a vida e a morte, como somente Ele é (Dt 32:39), pessoalmente comutou a pena de morte de Caim. Entretanto, ao agir assim, Deus demonstrou a gravidade do pecado de Caim e deu-nos a entender que ele era digno de morte, ao declarar: " A voz do sangue do teu irmão clama [por vingança] da terra a mim" (verso 10). Não obstante, até mesmo Caim parece ter reconhecido que ele era merecedor da morte, e pediu proteção a Deus (verso 14). Finalmente, a promessa de Deus para proteger Caim da vigança incluía a pena capital para quem quer que tomasse a vida dele. Dessa forma, o caso de Caim é uma execessão que prova a regra, e que de forma alguma vai de encontro à pena de morte, tal como estabelecida por Deus.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

GÊNESIS 3:8

Como Adão e Eva poderiam sair da presença de Deus, sendo Deus onipresente?

PROBLEMA: a Bíblia diz que Deus está em todo lugar ao mesmo tempo, isto é, que Ele é onipresente (Sl 139:7-10; Jr 23:23). Mas, já que Deus está em toda parte, então como Adão e Eva puderam esconder-se "da presença do Senhor Deus"?
SOLUÇÃO: Este versículo não está abordando a onipresença de Deus, mas está falando de uma vísivel manifestação dele. Deus está em toda parte em sua onipresença, mas Ele se manifesta de tempos em tempos, em certos lugares e por certos meios, tais como uma sarça ardente (Êx 3), fumaça no templo (Is 6), uma coluna de fogo (Êx 13:21) e assim por diante. É nesse sentido restrito que alguém pode sair "da presença de Deus".